sábado, 12 de novembro de 2011

Meu poema surdo, cego

Eu nunca ouvi, eu nunca vi

Mas eu sinto, eu senti

Senti bons ventos tocando em meu rosto

Senti o teu rosto, sentindo aqueles bons ventos

Percebi o chão tremer quando caminhavas

E senti o quanto são engraçadas as pedras ao tocá-las

Conseguir dizer te amo, mesmo sem falar

mas ontem, quis conhecer a cor da água, deve ser divina

Quis entender o que cantam nas doces cantigas que não me fizeram dormir

E apesar de tudo, eu consegui perceber que posso sem olhar

Sem ouvir, me emocionar...


Não desejo ser diferente, só preciso ser aceito

Quero ser entendido e entender quem eu poderei ser

alcançar os limites e superar minha vida

Quero cantar com o coração e eu ver com minhas próprias mãos

O quanto é doce teu pensar

Hoje, quero o coração, de mais um tocar

Mostrar que posso ser igual, porque de tudo isso aprendi

Que o amor... por ser um sentimento pleno, completa qualquer ausência de sentidos!

Por Felipe Macedo – Blog: http://meninopassarinho.blogspot.com/
 Uma linda mensagem do Menino Passarinho com vontade de Voar - Felipe Macedo. Um sonhador como eu... Faço questão de prestar-lhe esta singela homenagem e ser mais uma formiguinha a fazer o BEM neste mundo! Dedico em Especial este seu Poema, a Comunidade Surda e a todos que rompem o SILÊNCIO através dos SENTIMENTOS e das MÃOS, com o uso da LIBRAS. Dentre os muitos, cito Raquel Cambé (http://mundodosilencio.blogspot.com) e a querida Educadora e Amiga Elenice Oliveira (http://facebook.com/elenice.oliveira).  

 
 


quarta-feira, 9 de novembro de 2011

E agora?

O que começou com uma brincadeira
Acabou tornando um caso sério
Nos envolvemos neste mistério
Vivemos de qualquer maneira

E eu fui cair na besteira
De te mostrar quem não sou
Arrependido, hoje estou
E no meu peito, só a pedaceira

Vou seguir com meu louco sentimento
Vou levando você no pensamento
Vou levar minha tristeza embora

Vou viver calado e chorando
Vou viver pra sempre te amando
E só te pergunto, e agora?

Do poeta e amigo Wennys Soares Cavalcante
de Itapetim (PE), cidade de grandes mestres na arte de fazer poesia.

Um dia de cada vez


Outubro já se foi. Lá se foram mais de 300 dias do ano de 2011. Só faltam mais alguns para o ano romano acabar. As últimas semanas foram de muitas e intensas notícias: Dos XVI Jogos Pan-americanos de Guadalajara, trouxemos 141 medalhas no total, sendo 48 de ouro. Perdemos só pros Estados Unidos e pra Cuba.  Até o país sede dos jogos ficou pra trás. Conquistou 4º lugar geral. A bruxa do 31 de Outubro estava solta bem antes! Morte de Kadhafi, e de positivo a libertação da Líbia. Novas fraudes no ENEM, demissão de mais um Ministro; agora o do Esporte, Orlando Silva, que deixa o Ministério e quem assume é Aldo Rebelo. Pra piorar o ex-presidente Lula também abala o mundo com uma notícia pra lá de quente. Está com um câncer na laringe, e olha que ele completou 66 anos na quinta, 27 de Outubro. Sim..., já faz um ano que escolhemos a primeira presidenta do Brasil.
Mas ontem foi ontem, a intenção é o agora! Hoje já somos 7 bilhões no mundo. Para onde vamos? O que buscamos afinal?  Terá fim algum dia, tanta desigualdade e desrespeito com o ser humano? Quanta (in) diferença social, cultural, sexual, religiosa e econômica. É gritante tudo isso! Cadê o amor, o respeito, a mão estendida de que todos falam?
Recente, tive outro rompante da vida. Pude verificar e sentir as diferenças na igualdade que temos. Não tem coisa pior do que ter um problema de saúde na família e não ter uma base sólida pra se sustentar. A saúde é mistério. Mistério como nossa fé. Não há como comprar saúde. É nisto que somos iguais, sendo diferentes. É acreditar no divino e nos poderes da ciência e dos homens que dela tem o saber aqui na terra.
O dinheiro pode comprar o conforto, o status, a atenção dos médicos, mas no fim somos iguais e esperamos e precisamos só daquilo que chamamos de cura. Dinheiro nenhum pode comprá-la. O sistema vai mal, mas é possível a mudança. Resta-nos acreditar nos homens que aqui foram capacitados para um atendimento mais humanizado e menos sofrível. Na possibilidade do provável e do real. Ricos e pobres em uma mesma situação. Na doença entendemos que somos nada, iguais. Basta um pouco de sensibilidade para perceber. Olhar devagar todas as coisas e aproveitar cada aprendizado, mesmo que no sofrimento da doença. Gana pela vida e esperança de um mundo melhor para todos os 7 bilhões de pobres e ricos iguais na doença e na mesquinhez humana.
É preciso que acreditemos sempre na possibilidade de um mundo melhor. A intenção deve ser de pensar fazendo a diferença neste mundo. Se assim não for, estaremos cavando a nossa própria extinção.

Por Betho Medeiros