"Tenho uma lágrima
Presa nos olhos
E poemas abandonados
No fundo da gaveta
Entre fitas de crepe,
Naftalina, pétalas de rosa
Secas
E mofo.
Tenho coisas tão antigas
Como rabiscos desencontrados
Pedaços de papéis amarelados
E sem data,
Números, contas,
Colarinhos puídos,
Pires rachados.
Tenho, assim, um gosto
De tempo preso nas
Papilas
E manhãs embotadas
De sangue coagulado,
Marcas no rosto,
Cicatrizes e ferrugem
Nalguma camisola de algodão.
Tenho um carinho
Escondido debaixo do colchão,
Uma paixão desconhecida,
Antiga e subconsciente,
Que hoje se faz
Presente
Depois desaparece
Como fumo
Em frente
Ao espelho
Da solidão.
Quero sentir-me inteiro
Como as eternas verdades
Que tocam em mim:
O retrato de uma vida
Nos fragmentos da memória,
Momentos de riso,
Momentos de glória
Em um grande palco
Para contar a
História." (Paulo Ramos)*
Presa nos olhos
E poemas abandonados
No fundo da gaveta
Entre fitas de crepe,
Naftalina, pétalas de rosa
Secas
E mofo.
Tenho coisas tão antigas
Como rabiscos desencontrados
Pedaços de papéis amarelados
E sem data,
Números, contas,
Colarinhos puídos,
Pires rachados.
Tenho, assim, um gosto
De tempo preso nas
Papilas
E manhãs embotadas
De sangue coagulado,
Marcas no rosto,
Cicatrizes e ferrugem
Nalguma camisola de algodão.
Tenho um carinho
Escondido debaixo do colchão,
Uma paixão desconhecida,
Antiga e subconsciente,
Que hoje se faz
Presente
Depois desaparece
Como fumo
Em frente
Ao espelho
Da solidão.
Quero sentir-me inteiro
Como as eternas verdades
Que tocam em mim:
O retrato de uma vida
Nos fragmentos da memória,
Momentos de riso,
Momentos de glória
Em um grande palco
Para contar a
História." (Paulo Ramos)*
*[Texto extraído da comunidade "Desnudar Emoções" by Helena Horta no Facebook, postagem do dia 08/12/13].
(Por Betho Medeiros)