sexta-feira, 8 de março de 2013

"Vivere navigare est"


"Os antigos já diziam:”vivere navigare est” quer dizer, “viver é fazer uma viagem”, curta para alguns, longa para outros. Toda viagem comporta riscos, temores e esperanças. Mas o barco é sempre atraído por um porto que o espera lá no outro lado.

Parte o barco mar adentro. Os familiares e amigos da praia acenam e o acompanham. E ele vai lentamente se distanciando. No começo é bem visível. Mas na medida em que segue seu rumo parece aos olhos cada vez menor. No fim é apenas  um ponto. Um pouco mais e mais um pouco desaparece no horizonte. Todos dizem: Pronto! Partiu!

Não  foi tragado pelo mar. Ele está lá, embora não seja mais visível. E segue seu rumo.

O barco não foi feito para ficar ancorado e seguro na praia. Mas para navegar, enfrentar ondas, vencê-las e chegar ao destino.

Os que ficaram na praia não rezam: Senhor, livra-os das ondas perigosas, mas dê-lhe, Senhor, coragem para enfrenta-las e ser mais forte que elas.



O importante é saber que do outro lado há um porto seguro. Ele está sendo esperado. O barco está se aproximando. No começo  é apenas um ponto levemente acima do mar. Na medida em que se aproxima é visto cada vez maior. E quando chega, é admirado em toda a sua dimensão.

Os do porto dizem: Pronto! Chegou! E vão ao encontro do passageiro, o abraçam e o beijam. E se alegram porque fez uma travessia feliz. Não perguntam pelos temores que teve nem pelos riscos que quase o afogaram. O importante é que chegou apesar de todas as aflições. Chegou ao porto feliz.

 Assim é com todos os que morrem.  O decisivo não é sob que condições partiram e saíram deste mar da vida, mas como chegaram e o fato de que finalmente chegaram. E quando chegam, caem, bem-aventurados, nos braços de Deus-Pai-e-Mãe de infinita bondade para o abraço infinito da paz. Ele os esperava com saudades, pois são seus filhos e filhas queridos  navegando fora de casa.

 Tudo passou. Já não precisam mais navegar, enfrentar ondas e vencê-las.  Alegram-se por estarem em casa,  no Reino da vida sem fim. E assim viverão para sempre pelos séculos dos séculos."


(Em memória dolorida e esperançosa dos jovens mortos em Santa Maria na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013).  POR LEONARDO BOFF - Minima Theologica: em memória dos mortos de Santa Maria > 28/01/2013.

A MULHER E A LÍNGUA PORTUGUESA

Tenho inveja da mulher que... É sábia. 
Canta como sabiá
Faz diferença entre o sábio e não sábio, todavia, sábia como é, defende seus direitos entre os sábios homens
Busca a promoção no meio dos cidadãos
Busca nas palavras a realização de poesias
E tenta fazer trocadilhos como:
A sábia mulher
Não sabia
Que há homens que gostam de mulheres
Santas, sensíveis
Arrogantes
Bobas
Ignorantes
Amorosas
Sensuais
Mesmo sendo loiras, morenas, negras, brancas, afinal, de qualquer cor.
Pobre mulher sábia!
Esqueceu-se que a natureza masculina reclama e...
Não se preocupa nem com a língua portuguesa que separou Errado a palavra arrogante
O homem é maravilhoso macho ou fêmea
Sábio ou não Sábio. Que importa?
Sempre haverá poesia
O homem não assassina a poesia
Ele gosta de Mulher
A mulher
É POESIA   [
A todas as mulheres, PARABÉNS pelo seu dia!]

Por Maria José Vital Justiniano (Prof. de Linguística no CURSO DE LETRAS E PESQUISADORA DAS FIP)