"Meu maior medo é viver sozinho e não ter fé para receber um mundo diferente e não ter paz para se despedir. Meu maior medo é almoçar sozinho, jantar sozinho e me esforçar em me manter ocupado para não provocar compaixão dos garçons. Meu maior medo é ajudar as pessoas porque não sei me ajudar. Meu maior medo é desperdiçar espaço em uma cama de casal. Meu maior medo é a necessidade de ligar a tevê enquanto tomo banho. Meu maior medo é conversar com o rádio em engarrafamento. Meu maior medo é enfrentar um final de semana sozinho depois de ouvir os programas dos colegas. Meu maior medo é a segunda-feira e me calar para não parecer estranho e anti-social. Meu maior medo é escavar a noite para encontrar um par e voltar mais solteiro do que antes. Meu maior medo é não conseguir acabar um combinado sozinho. Meu maior medo é a indecisão ao escolher um futuro para mim. Meu maior medo é a expectativa de dar certo na família, que não me deixa ao menos dar errado. Meu maior medo é escutar uma música, entender a letra e faltar uma companhia para concordar comigo. Meu maior medo é ser digno de um Oscar..., conseguindo me anestesiar durante o dia e agonizar durante noite. Meu maior medo é escrever para não pensar."*
*(Post do amigo Willian Silva no Facebook - São Paulo, 29 de Agosto de 2014). Uma singela homenagem na celebração de uma amizade com respeito e admiração na distância.
>> O medo, talvez seja, então o motivo para nos mantermos vivos e aproveitarmos o tempo que temos. A gente nunca perde por conseguir enfrentar os medos e aproveitar a vida, mesmo nos desafios a que somos expostos, desde a hora que aqui chegamos. O tempo parece sempre tão curto, mas os aprendizados são muito maiores. Aprendizados nos ensinam a ser melhores todos os dias e a nos tornarmos melhores do que fomos ontem; nunca melhor do que ninguém.
(Por Betho Medeiros)