segunda-feira, 24 de março de 2014

Vivendo de morrer de amor


"Algumas coisas que amamos se tornam nossas para sempre.
E se tentarmos deixá-las, elas dão a volta e regressam para nós.
Tornam-se parte de quem somos. 
Ou nos destroem." (Allen Ginsberg)


"Tenham cuidado, não estão no país das maravilhas
Ouvi da estranha loucura que cresce em sua almas
mas estão felizes em sua ignorância,
no seu isolamento
vocês os que sofreram
descubram onde o amor se esconde
doem, compartilhem, percam
para que não morramos por florescer." (Allen Ginsberg)


Amores que vêm e que vão, 
marcas de um eterno sentimento.
Humano ou animal. 
Morrer de amor,
Vivendo de morrer de amor.

(Por Betho Medeiros)

SER

Quero ser (o melhor que posso SER), 
sem ser "O BOM";
só SOU O QUE VIM FAZER.


                        (Por Betho Medeiros)

sábado, 1 de março de 2014

Pensamentos ardidos e oscilantes

"Pimentas são frutinhas que têm poder para provocar incêndios na boca. Pois há ideias que se assemelham às pimentas: elas podem provocar incêndios nos pensamentos. Mas, para se provocar um incêndio, não é preciso fogo. Basta um única brasa. Um único pensamento-pimenta..." (Rubem Alves - In Pimentas)


"Felizmente já faz tempo. Pensei que ia contar com raiva no reviver das coisas, mas errei. Doer se gasta. E raiva também, e até ódio. Aliás também se gasta a alegria, eu já não disse? [...] nada volta mais, nem sequer as ondas do mar voltam; a água é outra em cada onda, a água da maré alta se embebe na areia onde se filtra, e a outra onda que vem é água nova, caída das nuvens da chuva. E as folhas do ano passado amarelaram, se esfarinharam, viraram terra, e estas folhas de hoje também são novas, feitas de uma seiva nova, chupada do chão molhado por chuvas novas. E os passarinhos são outros também, filhos e netos daqueles que faziam ninho e cantavam no ano passado, e assim também os peixes e os ratos da dispensa, e os pintos... tudo. Sem falar nas moscas, grilos e mosquitos. Tudo." ( Rachel de Queiroz)

>> E o meu pensar é assim: oscilante e ardido entre o passado e o presente. O futuro vagueia perdido, mas não o alcanço. Viver de pensamentos e sonhos que gritam e ponto.

                                                                            (Por Betho Medeiros)